Na palidez exacerbada
Da mente triste
Que escreve ainda que existe...
Num sonho da busca das faces
Que exala o pó de cal-viva...
Notívaga-melancolia.

Noites a fio
Onde os párias se fazem
Nos projetos viu's
Sem projetos a benefício nenhum
Para a humanidade comum...
Humano-degradante.

Honra que não morre
No naufrágio do mar perdido
Pela incompetência
Do individuo-homem...
Honra ancorada
No fundo do oceano
Mas jamais morta,
Nem sem rota.

Num escrever d'alma a sangrar
Do poeta triste na quebra
De paradigmas-viver
Mas, vivo pra contar
A história em forma de letras ousadas
De suas mãos nunca calar...
Poeta-de-letras-vivas.

Sou um nada
De sonho nenhum
De lugar algum
Inacabado sentir
Dizer sem nada dizer...
Ser inacabado

Quisera o hoje
Acabasse num amanhã
Para cessar em mim
O querer eternizar
O meu pensar
O deserto-do-ser...

E num amanhecer poder crescer
Não sendo escreva de um sentir
Num transbordar esparramado
Que jaz em mim
Que me faz chão
No areal da ilusão...
Ser-em-evolução.

Sou face oculta do sol
Que ilumina coisa alguma,
Que me entristece o amanhecer...
A outra face é o raio de sol que nasce
Em meu ser que é radiante...
Consciência-incontida.

 
Ray Nascimento
Enviado por Ray Nascimento em 22/01/2014
Código do texto: T4659483
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.