Um olhar sobre a cidade: Selva de concreto
As ruas que abrigam momentos,
Não tão civilizados,
Contratempos
Dizeres hostilizados.
A prova de sobrevivência,
O duro é ter alicerce,
Contra a social truculência
Papel que a distância exerce.
Humilhações,
Do imoral passatempo,
Que é legado como algo sadio.
Quem for mais forte,
E já se sabe que a sorte
Possui o indivíduo, que têm comida.
É gelado,
O suor que desce sobre a face,
Determinado
Karma com que já se nasce.
Uma verídica selva de concreto,
Que a sociedade expressa diariamente,
O barbárie direto.
A idéia sarcasticamente contingente.
Um olhar sobre a condição escravista,
A ordem de alienação,
Tese evolucionista
Marca de repressão.
Reprodução anatômica,
Sem pudor a privacidade,
Um quadro de malícia
Cometido crime em impunidade.
Injustiça,
Pátria da corrupção,
A platéia do palco, no planalto a vergonha nacional.
Que uma pária,
Da filosofia ética,
Já jaz no tempo uma honestidade genuína.