FLOR DE PAPEL
A saudade que sinto
são das imagens
recortes do passado
onde por alguns períodos
não existem mais.
A saudade que sinto é da natureza,
dos mangues... dos caminhos, das veredas,
dos córregos... das paisagens...
que o progresso devorou
transformando em alfalto e lucro
Ah! Que saudade do voo da perdiz
do romantismo de outrora
que foi sepultado com flores de crepon
Que saudade dos humanos,
hoje todos robotizados
depois de voar e ganhar o espaço
vivem num mundo virtual
do lixo industrial e consumismo.
Dos meus pensares, penso em luto,
em luta.
Não corte mais uma árvore...
Vida lateja em carne viva.