FLOR DE PAPEL

A saudade que sinto

são das imagens

recortes do passado

onde por alguns períodos

não existem mais.

A saudade que sinto é da natureza,

dos mangues... dos caminhos, das veredas,

dos córregos... das paisagens...

que o progresso devorou

transformando em alfalto e lucro

Ah! Que saudade do voo da perdiz

do romantismo de outrora

que foi sepultado com flores de crepon

Que saudade dos humanos,

hoje todos robotizados

depois de voar e ganhar o espaço

vivem num mundo virtual

do lixo industrial e consumismo.

Dos meus pensares, penso em luto,

em luta.

Não corte mais uma árvore...

Vida lateja em carne viva.

Gilson Pontes
Enviado por Gilson Pontes em 31/12/2013
Código do texto: T4631849
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