Seguindo o mote recebido do
poeta José Alderney Pires:
"Quando a chuva é razão pro meu poema,
eu me sinto mais filho do sertão."
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FILHO DO SERTÃO
Odir Milanez
Como dói em meu peito ver de perto
a terra esturricada, o chão vazio
dessa gente que enfrenta o vento frio
quando a chuva e os trovões estão por perto!
Como em meus olhos doem o olhar deserto
desses santos servis em oração,
Jesus Cristo e Maria em cada mão,
desesperando aos céus a dor suprema!
Quando a chuva é razão pro meu poema,
eu me sinto mais filho do sertão.
Como é dorido o pranto dessa gente
depreendendo o que diz o esgazeado
olhar da morte às vésperas do gado
fenecendo as feições à sua frente!
Eu fui parte da parte mais pungente.
De água enlameada um garrafão
pegado pra beber, dava um peão
a um novilho findado a dose extrema!
Quando a chuva é razão pro meu poema,
eu me sinto mais filho do sertão.
JPessoa/PB
29.12.2013
oklima
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Sou somente um escriba
que escuta a voz do vento
e versa os sons da seca..
poeta José Alderney Pires:
"Quando a chuva é razão pro meu poema,
eu me sinto mais filho do sertão."
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FILHO DO SERTÃO
Odir Milanez
Como dói em meu peito ver de perto
a terra esturricada, o chão vazio
dessa gente que enfrenta o vento frio
quando a chuva e os trovões estão por perto!
Como em meus olhos doem o olhar deserto
desses santos servis em oração,
Jesus Cristo e Maria em cada mão,
desesperando aos céus a dor suprema!
Quando a chuva é razão pro meu poema,
eu me sinto mais filho do sertão.
Como é dorido o pranto dessa gente
depreendendo o que diz o esgazeado
olhar da morte às vésperas do gado
fenecendo as feições à sua frente!
Eu fui parte da parte mais pungente.
De água enlameada um garrafão
pegado pra beber, dava um peão
a um novilho findado a dose extrema!
Quando a chuva é razão pro meu poema,
eu me sinto mais filho do sertão.
JPessoa/PB
29.12.2013
oklima
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Sou somente um escriba
que escuta a voz do vento
e versa os sons da seca..