POESIA NO ÔNIBUS

Luciana Carrero

A Cultura Estatizada

mantém de Poesia ornada

janela do coletivo

e o poema é lenitivo

ao passageiro estressado

Na mensagem leva fé

mas enjeita ao poeta, o Estado

e sugere que ande a pé

Na tarde fria de Agosto

o vento batendo ao rosto

o versejador esfaimado

consome um pastel inflado

que tem sabor duvidoso

ali na volta do Mercado

Mas no inspirado poetar

imagina que é recheado

e tem gosto de caviar