As ratazanas
O monturo do seu jeito brada por limpeza,
E o varal pleno, assume o mesmo discurso;
O noticiário mostra a canonização dos ratos,
Pelos feitos, aliás, lembram mais aos gatos,
Cujo salto malogra a justiça, fétido impulso...
O tapete oferecendo os solícitos préstimos,
o que deviam deixar em cima, debaixo jaz;
antenas propagam o deboche de um povo,
tinta, fumaça “transformam” velho em novo,
e quanto doping a “novidade” sempre traz!
Pesquisas compradas vestem magos anzóis,
E os peixes imprudentes mordendo a isca;
A mentira traveste os bandidos em heróis,
Ventres acéfalos os defendem sempre, pois,
O espírito amoral, aos bons valores confisca...
As ratazanas afanam o que o labor produz,
E dizem trabalhar com maior desfaçatez;
caçadores noturnos usam para cegar, a luz,
do flautista de Hamelin tiram flauta e capuz,
para que ele nem pense em tocar outra vez...