Sem palavras
Eles olham minhas olheiras
Observam o vermelho dos meus olhos
Imaginam o meu passado
Condenam o meu instante
Sentenciam o meu futuro
Eles olham meus passos
Observam o equilíbrio dos meus pés
Imaginam o meu desvio
Condenam o meu tombo
Sentenciam-me ao buraco
Eles olham lá de cima
Observam o meu desprezo
Imaginam o meu sentimento
Condenam o meu conceito
Sentenciam o meu silêncio
Jogam-me à terra
Jogam-me a terra
Jogam e aterram.