Acordas para ver a vida
Creias em si
Levante-se e observe o vento
Saiba a sua direção e siga-os.
Amanhã será renovada
Com bons labores nos ares
Livre-se do manifesto social
Aquele que faz para si o alimento
Manipulado por um contaminado
Não se contamine nas ações políticas
De um minguado reinado em vão
Eu luto e tu deves lutar por uma força.
O planeta está atordoado de corruptos
De anjos maléficos de bons sorrisos
Almoçando os desejos dos mais fracos
E arrotando na oferta porções de iguarias
Desconsolando a fome e a sede
Só deve falar de fome quem teve fome
Só deve falar de sede quem teve sede
Não adianta inventar torres de palavras
Quem vive na fartura com adjetivos
Não saberá medir os efeitos das crises,
Formam frases e expressões combinadas
É sempre locuções dos pensamentos.
A mudança é pessoal e transferível em atos
A dor vem por cima das nuvens
E não há quem os escape.
Fuja da mãe corrupção
Aquela que não dá o pão
Mas engana com um pedaço de melão.
A maior doença do mundo
Não tem cura, chama-se dinheiro
E todos vendem a sua paz
Para vibrar por uma era transitória
Sorrindo hoje e chorando no amanhã
Isso é a vida sem quietação
Animação para uns
E vergonha para outros.