ROSTO SEM NOME (OU VOCÊ NÃO FEZ QUESTÃO DE SABER QUAL É)
Encostada num poste
Não importa seu nome
Numa rua tão suja
Da cidade insone
Acende um cigarro
Bafora mais uma vez
Vê a imagem no reflexo
Que a vitrine lhe fez
Ela é muito mais
Que aquilo que você vê!
Mais um carro que para
Dentro há um caçador
Que quer mais aventura
Extirpar seu vigor
Um rosto refletido
Em poças de água imunda
Moros está ao lado
Pra se sentir segura
Ela é muito mais
Que aquilo que você vê!
Dados sempre rolando
Cartas sendo mostradas
A ferida na alma
Hoje petrificada
O que não cicatriza
Quando sol for nascer
Quando a cidade acorda
Ela vai adormecer