CALABAR

Calabar

Ninguém cala

Sua voz

Ninguém tapa

Seu choro

Em noites

De agonia

Becos ,vielas

Meninos brincando

Os bares cheios

Copos vazios

Musica nas esquinas

Calabar

Ninguém cala

Sua boca

Pessoas humildes

De pele escura

Negros como azeviches

Botam a cara no mundo

Amanhecem matando

Um leão por dia

Calabar

Ninguém sufoca sua glote

Ninguém enforca sua garganta

Pois você é

Forte

Veio de África

Veio de Óyo

E se faz no Brasil

Todos os dias...

Raphael MUKUMBI Lisboa
Enviado por Raphael MUKUMBI Lisboa em 29/10/2013
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