Paz na terra aos homens de boa
Socialistas barbudos;
Às vezes petistas
Mas nunca são bicudos.
Querem mudar o mundo
Quebrando tudo.
Odeiam os ricos,
Mas são ridículos rídicos.
Exaltam os bandidos,
Menosprezam polícias,
Como em um filme antigo
E ultrapassado com suas milícias
São Robins woods de Plantão;
Cabras de lampião,
Reis do cagaço.
Ou reis magros, desorientados.
Negam o mito dos pobres
E o rito da nobreza.
Querem ganhar um país
Falando mal do que eles adoram.
Todos são frutos podres do sistema.
Sistema não tem alma.
Gente tem, Precisa de um Deus,
De um Zeus,De um Prometeus,
Precisam até de alguns ateus.
Não conhecem a macabra magia,
Tampouco a antropofagia
Dos que guardam a carne
Magra das criancinhas
Em gordas contas bancárias.
Não sabem porque o rico ri à toa.
É que o rico também é pessoa.
Fogem da pobreza
Na mesma velocidade que os pobres.
Dividir o páo com a miséria. Coisa séria.
Nem os miseráveis fazem isso.
Correm que nem animais para a toca,
Com o seu pão entre os dentes.
Dividem o pau, o que é natural.
A pobreza não está só na política
Que é cética e crítica.
Está na alma da cultura da criatura.
Até da que explodiu no Big-Bang,
Que ganhou de presente o sangue,
Da que veio do barro,
Até na alma do que nasceu do escarro.