Poesia do Pequeno Revolucionário

Eu era jovem dona

Pequenininho

De pouco havia

Saído do ninho.

Tinha sonhos

Tinha ideias

Tinha um mundo

Para salvar

Mas a realidade

Tão sincera

Sem piedade

Veio me acordar

E com dor

Sofrimento

Arrancaram

Meu espírito

E é difícil dona, sem mentira...

Falar

Quando cortaram

Sua língua

Hoje na sombra

Eu rezo, calado

Vendo promessas

Indo para o ralo

E a febre dos Homens

Arde e assopra

O que era o assunto?

Hoje já não importa

É a lama

É a sujeira

São os sonhos

Pela ribanceira...

Rosa de Almeida
Enviado por Rosa de Almeida em 30/09/2013
Código do texto: T4504750
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