LIBERTÁRIO VERÃO!

Lentamente corroem nosso Ser

Numa imperceptível jogada

Dos que querem derrotar-nos.

Um Sistema quer aprisionar-nos

Numa cela invisível e pregada

No inconsciente sem se ver.

Somos escravizados e amargurados

Pela lógica excludente...

Em que o diverso é cerceado.

Imprensa branca (policial desarmado)

Impressões de um Mundo decadente

Vemos ser dogmas idolatrados.

E a Sociedade, inerte na alienação

Faz o jogo da mercadoria ilusão

Que vende-se no shopping center.

E Eu, meus gritos - que são nossos -, ficamos sem ter

Vozes para ecoar; na reclusão

Obrigados por uma Elite sem coração!

E o Mundo assiste atônito e triste

A cada conflito de terror

Fazendo-se crer que a culpa é do Bin Laden.

Mas, a chama em mim - por nós - persiste

E mesmo em meio ao horror

Uma Luz faz com que meus sonhos - que são nossos - não se acovardem!

E eu sei que um dia

Longe da ganância do Poder

E da materialidade do Sistema

Toda e qualquer rebeldia

Terá direito de conceber

A felicidade fraterna para além do poema.

E os pensamentos contrários conviverão

Numa Sociedade com respeito

Às idéias aliadas à justiça,

Em que tudo o que – por nós - me atiça

Agora escrever, no poema, que pulsa meu peito

Far-se-á um Libertário Verão!

Alexandre Tambelli
Enviado por Alexandre Tambelli em 15/04/2007
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