Viagens.
Vi um ônibus passar
desses ônibus que viram bondes
nas palavras de poeta
e avistei o que quis.
Era tu sentada de sorriso na janela
e eu correndo atrás
jogando mãos para desenhar um até logo
de sapato nas poças de lama.
Até que o fôlego limitou meus passos
e o bonde virou a esquina
mas a rua continuava a sorrir
aquele teu sorriso.
O ploc dos sapatos
foi quem acompanhou a mim
e na entrada de casa marcou
a entrada do meu par sem o teu.