Celebro a vida em versos
Perguntou-me um dia alguém por que escrevo versos tão doces. Meus poemas,lembro-me bem, por que ao mundo eu os trouxe. Foi para cantar a alegria em uma bela manhã de sol. Foi para encantar quem já sabia – vive bem quem não vive só.
Sou um cantante enamorado, que esparrama seus versinhos, e por um minuto deixa de lado – a vida dura em espinhos.
Não esqueci da dor do pobre, nem da mãe que chora a esmo. Nem todo o sentimento nobre, nem a história de mim mesmo.
Não sou poeta egoísta, divido com todos os meus versos, e por isso sou altruísta. E, quem guarda só a si, é diverso.
Não fecho os olhos ao mundo. Não vivo no mundo da lua. Mas, busco sentimento bem fundo, na dor que encontro na rua...
Se às vezes me corre o mel num soneto, é que canto a vitória buscada. E, o homem em seu ímpeto; busca a vida, que é celebrada.
Não escorre a lágrima ligeira, sem que seja para um bem futuro. Mesmo que seja com nada na algibeira, forjando com o ouro, equilíbrio ao homem maduro.
Não desfaço de quem me questiona “por que meus versos são tão doces”. Pois sabe que me emociona louvar à vida, presente, a quem os trouxe.