Meus fantasmas
Os fantasmas que povoam minha mente,
Como ovos que germinam as serpentes,
Continuam a me cobrar a posição:
- Onde está você, sem temor, que conhecia,
Escondendo-se atrás da poesia,
Sem querer acompanhar seu coração?
- Meu coração anda triste, descontente,
Com o que acontece a minha gente,
Pelos governantes, roubado e iludido;
Enquanto nas esquinas e vielas,
Drogando-se nas portas das favelas,
Ninguém sabe o que quer, está perdido...
O roubo e o desvio, rola e grassa,
Nada controlando essa desgraça,
Que é a verdadeira praga nacional.
Onde estão os juízes e a justiça,
Que fazem vista grossa pra essa liça,
E os deputados e governantes, sem moral?
Por isso, hoje me engajo nessa ronda
De protestos, que se alastra como onda,
Por cada cidade, para poder pressionar
Os governantes, para que, vergonha tenham,
Na cara, e nunca mais, no futuro venham,
Ao pobre povo, o seu dinheiro desviar...