A dialética continua viva
Ah dialética ! filha de Marx !
Surgida da luta de classe
Antagônica na essência
Revolucionária na práxis !
Substancioso produto
Do desejo inquebrantável
De mudança e liberdade de nosso homo sapiens
Inimiga das utopias
Amante entorpecida dos sonhos
De transformar, ele, sonho e a humanidade para os humanos
Em realidade
Dos campos fez tremer e estremecer
Senhores abastados
Fez o alvorecer
Dos sonhos de homens e mulheres que da terra
A historia transformou em deserdados
Fez a esperança crescer
Nas jaulas de concreto
Dos pés descalços
Dos, outrora empíricos arquitetos
Atuais heróis sem-teto
Os doutores da prosa
Assassinos da poética
Já te deram
Como palavra morta
Mas se esquecem
Que a transformação social
É lei histórica
Determinada pelo espírito do homem
Insurgente da vontade de ser livre
Libertar-se das correntes
Pode ser meta distante
Mas tu, dialética continuara viva
Para todos que carregarem no coração
O desejo de devorar a vida