Cara Pintada
Por Carlos Sena
Por que pintas a cara, caro cara?
Afinal, por quem lutas
Ou por quem uivas
Que teu tosto não queres mostrar?
Por quem escondes a cara, caro cara?
Onde é que a fala não combina
Com o coração?
E o teu corpo sarado não conta?
E tua beleza?
E tua vontade de mudar o mundo
Por que se atrela ao imundo
Que se esconde na tua cara pintada?
Ah, meu caro cara escondida!
Deixa a vida ser parida
E faz das lutas a confluência das idéias!
Nas calcadas há platéias para o teu quebra-quebra
Mas, por que não requebras sem violência?
Ah, meu caro cara escondida
Te escondes da dor
Ou te escondes da vida?
Se da dor te escondes, ama.
Se da vida te escondes, morre:
A morte dos que sabem morrer
Para mudar o mundo pela palavra...
Lava teu rosto e mostra a cara
Porque de nada vale quebrar um banco,
De nada vale incendiar as ruas...
Os bancos se reinventam,
As ruas não,
Os bancos riem de ti
As ruas abrigam tua solidão..
Mostra tua cara, mostra tua valentia...
Mas, se tua noite não sobreviver ao dia,
Verás que a vida é breve e nem ligou
Pra tua valentia...
Por Carlos Sena
Por que pintas a cara, caro cara?
Afinal, por quem lutas
Ou por quem uivas
Que teu tosto não queres mostrar?
Por quem escondes a cara, caro cara?
Onde é que a fala não combina
Com o coração?
E o teu corpo sarado não conta?
E tua beleza?
E tua vontade de mudar o mundo
Por que se atrela ao imundo
Que se esconde na tua cara pintada?
Ah, meu caro cara escondida!
Deixa a vida ser parida
E faz das lutas a confluência das idéias!
Nas calcadas há platéias para o teu quebra-quebra
Mas, por que não requebras sem violência?
Ah, meu caro cara escondida
Te escondes da dor
Ou te escondes da vida?
Se da dor te escondes, ama.
Se da vida te escondes, morre:
A morte dos que sabem morrer
Para mudar o mundo pela palavra...
Lava teu rosto e mostra a cara
Porque de nada vale quebrar um banco,
De nada vale incendiar as ruas...
Os bancos se reinventam,
As ruas não,
Os bancos riem de ti
As ruas abrigam tua solidão..
Mostra tua cara, mostra tua valentia...
Mas, se tua noite não sobreviver ao dia,
Verás que a vida é breve e nem ligou
Pra tua valentia...