ALEGRIA ARTIFICIAL
Na desesperança dessa falsa contemporaneidade
A poeira enfileirada sobre pratos famintos
E a sede insaciável desse etílico deserto
A fumaça embaça ansiosos ambientes
Despedaçando sonho com fumegantes pedras
O riso invade o ser por si tão somente baseado
E a loucura subjugando tresloucada heroína
A euforia invade através de êxtases comprimidos
Enquanto alienados caminham em jardins de papoulas
Sonhos alucinógenos em cogumelos não comestíveis
E a euforia insana contida em lisérgicos micro-pontos
O sofrimento erradicado com o uso de infames inalantes
E o sono escravo de tantos dos sociais tranqüilizantes
Enquanto a morfina tenta extinguir as dores do mundo
Corpos sarados por doentes mentes anabolizantes
Enquanto cigarros ainda deixam a impressão de sucesso
Entorpece o aroma de indefectíveis lança perfumes
No mais estamos inseridos nesse inalterável mundo novo
Pela interminável vontade de atingir a felicidade artificial
Perdidos em devaneios de nossas próprias inconstâncias
Nas plúmbeas nuvens de estranhas alucinógenas substâncias
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