ALEGRIA ARTIFICIAL

Na desesperança dessa falsa contemporaneidade

A poeira enfileirada sobre pratos famintos

E a sede insaciável desse etílico deserto

A fumaça embaça ansiosos ambientes

Despedaçando sonho com fumegantes pedras

O riso invade o ser por si tão somente baseado

E a loucura subjugando tresloucada heroína

A euforia invade através de êxtases comprimidos

Enquanto alienados caminham em jardins de papoulas

Sonhos alucinógenos em cogumelos não comestíveis

E a euforia insana contida em lisérgicos micro-pontos

O sofrimento erradicado com o uso de infames inalantes

E o sono escravo de tantos dos sociais tranqüilizantes

Enquanto a morfina tenta extinguir as dores do mundo

Corpos sarados por doentes mentes anabolizantes

Enquanto cigarros ainda deixam a impressão de sucesso

Entorpece o aroma de indefectíveis lança perfumes

No mais estamos inseridos nesse inalterável mundo novo

Pela interminável vontade de atingir a felicidade artificial

Perdidos em devaneios de nossas próprias inconstâncias

Nas plúmbeas nuvens de estranhas alucinógenas substâncias

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Leilson Leão
Enviado por Leilson Leão em 04/09/2013
Código do texto: T4466963
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