Obra de Salvador Dali
VIVENDO AS HORAS
As horas
Sôfregas e serenas
Perambulam,
Altaneiras em meu peito
Deixam-me imolar
Pela dor e sofrimentos alheios.
As horas
Rebuscadas em meus dias.
No rio, mostram-me minhas alegrias.
Volto meus olhos
Em calor e nostalgia
E resgato o gosto pela vida
Com maior energia.
Crer apenas no tempo que passa
Requer trabalho árduo e extenuante
É condição primária à existência
Lançar amor, sem retorno aguardar.
No entanto,
Semear em solo árido
É por demais, trabalho de cocho!
Invalida-se a labuta
Pôr labor em semente morta.
Ter o fio da navalha
É básico para caminhar
A terra é guerreira
Pois ao forte não se poupa alimentar.
Quem no físico, não tem força!
Não se prive do artifício
Suporte a mão, a foice fina
Ou, debata-se em solo duro
Antes de expirar.
No Astro maior, o grande exemplo.
É por dias, a persistência.
Velho e ainda faceiro
Não escolhe a quem iluminar.
Que a ventura não seja aventura
De prudência e persistência
O solo não pode se privar!
A vida pede água,
Nem que esta seja de suor!
VIVENDO AS HORAS
As horas
Sôfregas e serenas
Perambulam,
Altaneiras em meu peito
Deixam-me imolar
Pela dor e sofrimentos alheios.
As horas
Rebuscadas em meus dias.
No rio, mostram-me minhas alegrias.
Volto meus olhos
Em calor e nostalgia
E resgato o gosto pela vida
Com maior energia.
Crer apenas no tempo que passa
Requer trabalho árduo e extenuante
É condição primária à existência
Lançar amor, sem retorno aguardar.
No entanto,
Semear em solo árido
É por demais, trabalho de cocho!
Invalida-se a labuta
Pôr labor em semente morta.
Ter o fio da navalha
É básico para caminhar
A terra é guerreira
Pois ao forte não se poupa alimentar.
Quem no físico, não tem força!
Não se prive do artifício
Suporte a mão, a foice fina
Ou, debata-se em solo duro
Antes de expirar.
No Astro maior, o grande exemplo.
É por dias, a persistência.
Velho e ainda faceiro
Não escolhe a quem iluminar.
Que a ventura não seja aventura
De prudência e persistência
O solo não pode se privar!
A vida pede água,
Nem que esta seja de suor!