FRONTEIRAS
FRONTEIRAS
Aqui não é mais aqui é outro lugar
Linhas imaginárias, imagine!
Um tiro risca o ar
Dá pra imaginar a vitrine
Aqui não é mais aqui
Aqui é lá
E lá é aqui
Talvez acolá
Liberdade fronteiriça
Sujeita a carimbo
Ir e vir postiço
Padecer no limbo
Nesta esfera
Que gira e não rola
Os gomos da bola
São fronteiras de primavera
Primavera que nunca chega
Em que não há flores
Isenta de cores
Emancipação pândega
Logo aparecem os canhões
Os salvadores da pátria e das nações
Trazendo a promessa de emancipação e paz
Mas no fundo o sabor é de aqui jaz