COVARDIA

Não era que não se cansava de sofrer calada aguentando humilhação, a vida lhe ensinara que não resistir era sinônimo de perdão.

Porém de tudo que aguentava o pior era a pressão,

dos "amigos", vizinhos e também de ser cidadã.

De dia no trabalho só lhe restava obedecer: o patrão, a gerente o cliente, quem tivesse que ser.

as tardes se passavam antagônicas, demorava o sol a descer,

seu suor escorria na ânsia daquele dia se desfazer,

a noite já em sua cama nem pensava num outro amanhecer,

em seus desejo mais oculto ela não queria nem ser.

E de um sono tão profundo um sonho viria mostrar,

que nada se pode fazer se você não tentar lutar,

lutar? pensava ela em seu próprio sonho: faço isso todos os dias,

não vejo retorno de nada e vivo só agonias.

Não, não era essa luta irracional. Isso muitos vem a fazer,

a luta constante da vida era a libertação, da mente repressiva que sempre sofreu humilhação,

mas que ao cair em si, e notar sua importância,

sai de uma consciência ingênua e parti para a existência de uma vida com esperanças.