O, QUASE, INVISÍVEL
Quem reparou naquele velho homem,
Que perambulava naquela praça...
Quase sem ser notado?
Ele ia e vinha;
Carregando tudo o que achava,
Numa mochila estranha, redonda...
Num silencio constante e pesado.
Quem viu quando ele calmamente arriou seu feixe de papelão?
Lentamente deitou-se no frio chão?
E assim ficou sem ninguém notar...
Até que, por demorar...
Por não acordar...
Por não levantar...
E por atrapalhar a passagem dos apressados...
Alguém lembrou e ao velho chamou.
Mas ele não acordou...
E este alguém gritou...
Logo uma multidão se formou...
E todos olharam;
E notaram...
O velho que ia e vinha
Perambulando naquela praça...
Carregando uma mochila esquisita...
Caída no chão...
Junto com o velho,agora notado sem vida.