PÓ DE GIZ

Raças, suicídio, dor, fascínio

O começo do fim do raciocínio

Língua na boca na língua

Pais e mães e filhos à míngua

Comem os restos da Pátria-Mãe gentil

Que não sabe quantos filhos já pariu.

Eu tento ser um tanto criativo

E tonto e morto sou agora inativo

No caminho sem luz eu trago a cruz

São as pernas os meus artifícios

Que me levam por lugares difíceis...

Não ouço todos e tudo o que você diz

Cheiro agora pó de giz!

J Roberto

(Esta poesia integra o e-book O Experimento)

J Roberto
Enviado por J Roberto em 09/04/2007
Código do texto: T443389