Doce Harmonia
A luz que invade meus olhos
O sangue que me percorre
As delicias que a dor esconde
A alegria que um dia morre.
Propus-me a construir um laço
Entre a vontade e a realidade.
Laço fraco e sem esperança
Rompeu-se e tornou-se lembrança.
Construí um mundo particular
Onde os fins justificam os meios
E as oportunidades vão se realizar.
Onde o nada valha o mesmo que o tudo
E as calamidades sejam amigas do mundo.
Onde os pobres sejam flores amadas
Em um jardim repleto de gorjeadas.
Onde seus olhos, doce harmonia,
Veem além dessa mera fantasia.
Onde nossa verdade seja prima
E todo o mal tenho o bem acima.