Ruas solitárias

Ruas solitárias

Tão vazias,

Por demais barulhentas,

Cruel

Totalmente banal.

Em sua rota,

Nada é páreo,

Sinistramente torta.

Olhares em faces,

Sem expressões,

Torrões de areia

Mortes em suas emanações.

Traiçoeiros são os ventos,

Que juntamente a escuridão, carrega o homicídio.

Uma cratera aberta

Tumor maligno,

Sem anistia.

Entre mulheres, homens e crianças,

Não há redenção,

Rompimento de alianças,

Frente ao regresso, meio a involução.

Torna-se obsceno,

Sem pudor algum,

A tarja da censura é a realidade.

O odor,

Horrivelmente inalado,

Fator

Do ódio a olhos gerados.

A pesada embriaguez,

Aliada ao sono, forma de apagão

Falsa piedade em moeda de burguês.

Acho que não há misericórdia,

Para sentença da lei do mais forte,

Discórdia

Na casa da própria sorte.

Não compartilhado,

O sorriso de alegria,

Entrecortado

Riso de euforia.

A perversa malícia,

Bastarda verdade,

O verme de milícia

Apodrecendo em falsidade.

Earhuon
Enviado por Earhuon em 09/08/2013
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