TERRITÓRIO ANCESTRAL
Maá munhã ira apigá upé rikué
Waá perewa, waá yuká
Waá munhã maá putari.
Traduçao:
O que fazer com o homem na vida,
Que fere, que mata,
Que faz o que quer.
Do encontro entre o “índio” e o “branco”,
Uma coisa não se pode esquecer,
Das lutas e grandes batalhas,
Para terra o direito defender.
A arma de fogo superou minha flecha,
Minha nudez se tornou escandalização,
Minha língua foi mantida no anonimato,
Mudaram minha vida, destruiram o meu chão.
Antes todos viviam unidos,
Hoje, se vive separado.
Antes se fazia o Ajuri,
Hoje, é cada um para o seu lado.
Antes a terra era nossa casa,
Hoje, se vive oprimido.
Antes era só chegar e morar,
Hoje, nosso território está dividido.
Antes para celebrar uma graça,
Fazia um grande ritual .
Hoje, expulso da minha aldeia,
Não consigo entender tanto mal.
Como estratégia de sobrevivência,
Em silêncio decidimos ficar.
Hoje nos vem a força,
De nosso direito reclamar.
Assegurando aos tanu tyura,
A herança do conhecimento milenar.
Mesmo vivendo na cidade,
Nos unimos por um único ideal,
Na busca pelo direito,
De ter o nosso território ancestral.
Maá munhã ira apigá upé vida
Waá perewa, waá yuká
Waá munhã maá putari.
Tradução:
O que fazer com o homem na vida
Que fere, que mata,
Que faz o que quer.
significado da palavra Kambeba:
tanu-tyura - nossos pequenos