Sob o sol da Verdade
No sol vivo e ardido, a paisagem é dividia
Sob escaldante temperatura, a pressão vivida
Costa vermelha, testa suando
Gotas caindo sobre o cimento
Cinzentos punhos que empunham tijolos
Um sobre o outro, e desse modo
Desse modo, e apenas
Desse jeito, olhar fixo no sujeito que no estreito
Mocosa a parada por debaixo da grama recém podada
E disfarça...
E disfarça...
Quando a viatura passa
Se perguntarem, não sabe de nada
Enquanto a visão lhe proporciona
O flagra, na coisa errada
Prefere não falar
Prefere não falhar
E segue, segue misturando areia e cal
E suando o couro cabeludo, mesmo sendo natal
Mas não se entrega
As mazelas da cidade
Que hipócrita sociedade
Aceita covarde, covardemente
Desde a cocaína até a aguardente