MARITACAS

Hoje, bem cedinho, veio à minha janela me acordar

Uma maritaca muito escandalosa:

“Acorde, sua preguiçosa. É hora de trabalhar!”

Virei para o lado, desobediente,

Sem ânimo para levantar-me.

Ela, então, pôs-se a cantar, com voz estridente:

“IÉ, IÉ, IÉ! ACORDÁ, ACORDÁ, ACORDÁ!!! IÉ IÉ IÉ!!!!

Cruz credo, cantoria mais desafinada!!!

Não houve outra maneira: pus-me em pé.

Vendo seu dever cumprido, ela deu meia volta.

Suspirei aliviada e agradecida

Por ela ter-se ido embora.

Foi quando tudo silenciou à minha volta.

Compreendi então, que era sonho apenas,

Pois, na cidade, quase não há mais fauna e flora.

A natureza ameaçada: em lugar de árvores, prédios.

Garrafas e lixo onde outrora os peixes nadavam.

Todo o tipo de degradação, mas há remédio.

Trocar o carro pelo par de tênis e a bicicleta!

Jogar lixo no lixo, praticar a lei dos 3 R’s!

Deixar de lado o comodismo, e replantar as florestas.

Fernanda Reis
Enviado por Fernanda Reis em 05/04/2007
Código do texto: T438444
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