VALENTE
Valente, valentia enfrentando a vilania,
É assim todos os dias, a vida do cidadão...
De A até Z, qual é o nome?... Saindo pela via,
Enfrentando ônibus e trem... Metrô e camburão.
O sobe e desce dos morros: em segredo...
Entra e sai pelas vias e ruas,
O movimento começa logo cedo... Andando o cidadão às escuras.
Outrora, as esposas em casa...
Cuidando dos seus rebentos que mimavam,
Hoje, do casal, saem os dois sem argumentos...
Deixando os filhos de olhos sedentos.
Passam o dia em diversas atividades...
Carteira assinada, autonomia ou servil servidor...
Contraventor, ambulante ou habilidoso enganador...
Este último, sem pudor, e com carteira de imunidade.
E os salários, vêm e vão, sem um aumento real...
Só reajuste redutor...
... A inflação está no passado, no tempo do economista...
... Mas, está muito presente, no bolso do trabalhador...
... E os políticos nos “outdoors” com sorrisos otimistas.
E a pirâmide social da (In)justiça, vê a sua base alargando,
A classe rica virando média, a média abaixando fica,
Abaixo do pobre o miserável, que ao pobre vai diplomando...
... E o milionário de cima olha... Sorri... E se justifica.
Retornam todos à noite...
Empresários e políticos deitando nas “king Sizes”...,
Desembargadores e Juízes, relaxando nos “ofurôs”...,
E o pobre trabalhador... Sentindo... Com grande louvor...
O peso do dia a dia... E todos os filhinhos...
Com olhos sedentos de amor.
Obra publicada na Câmara Brasileira de Jovens Escritores (CBJE) em janeiro de 2013 Antologia dos poetas brasileiros Vol. 96 e no PANORAMA LITERÁRIO BRASILEIRO 2013/2014 Publicado em Dezembro de 2013 - selecionado pela Litteraria Academiae Lima Barreto - os melhores poemas de 2013.