ABANDONADO


Naquele olhar tão pequeno 
Deixado ao relento da noite 
Nascido de um ato obsceno 
Gritava um coração afoito

Nasceu em colo aguardente 
Abraçou com tão pouca vida 
Sorriu um sorriso sem dente 
Mostrando o tamanho da ferida.

Dormiu o sono dos anjos 
Sem dor, lamentos ou lamúrias 
Deixou o corpo morrendo 
E, foi meninar pelas ruas … 

Paulo Cesar Coelho
Enviado por Paulo Cesar Coelho em 25/06/2013
Reeditado em 01/12/2023
Código do texto: T4358546
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