Amargura
Estou deitada no leito
com uma revolta a bramir,
no pensamento, no coração.
É uma dor angustiante, por lembrar
que agora milhares de famintos clamam
por um pedaço de pão.
Têm fome de alimentos, de amor,
de tudo que faz bem.
Têm carência de atenção, de toques, de proximidade.
Esta incompreensão causa-me arrepios,
por ver meus irmãos sofrerem carências, decepções.
Levam-me ao delírio, a uma enorme amargura.