Devastação (T2032)

Um clarão ao longe

cegou muitas pessoas

e a alta explosão

ensurdeceu os mais tementes,

prédios que tocavam o céu

imponentes arranha-céus

vieram abaixo como pó,

uma nuvem espessa agora

encobria o céu outrora tão azul,

e o pânico tomou conta do mundo,

não perdoou nem as crianças,

o choro se estendia a qualquer canto,

os gritos agoniantes de mutilados,

sirenes por todo lado, pedidos de ajuda,

e agora todos iguais dentro da dor,

dentro do sofrimento, dentro da perda,

tudo o que temos agora são as migalhas

de um mundo devastado por nossos atos.

Alexandre Brussolo (02/06/2013)