FUNCIONALISMO
FUNCIONALISMO
E cá vem o débil inapto a atender os miseráveis
Nada no comodismo atro de seus incômodos
Arrasta-se por seu caminhar sonolento e sonso
Digno da preguiça que lhe enguiça nos tombos
E sorri o seu sorriso das virtudes abjuráveis.
A saúde é um asilo de profissionais cômodos
Funcionários de uma piedade que está esconso
Perdida em hospitais de guerra gordos em rombos
Há uma elite de desgraçados públicos perjurados
Ignoram os rotos, os banguelas, os idosos,...
Os sem recursos, fazem a dor sentir-se envergonhada
Perdem-se numa faculdade que não lhes ensinam...
Humanidade. As verbas erigem a cova dos abandonados
Quanto mais, mas formaremos círculos viciosos
E é na escassez que a sensibilidade é menos apeçonhada.
Esse é o calvário dos inermes que assassinam!
Covardes peritos de um sacerdócio inusitado
Deveriam cobrir-se de luto, abutres que são
E buscar na greve um bom cumprimento do dever
Um asseio para uma personalidade de virulência.
Dêem-me meu rifle de fezes para matar o amor desquitado!
Beijem seus beijos de tristezas em lábios de perversão
Meus órgãos um dia brincarão com um novo poder
O poder,... De fuzilar-los no paredão da decência.
CHICO DE ARRUDA.