Cem vidas...
O(s) filho (s) da rua e os homens do dia...
 

No silêncio da noite,
O menino filho da rua,
Como um nada, vive...
Embora, de barriga vazia...
 
Descalço corre, brinca
Dribla, vive a tristeza nas ruas...
Uma vida, duas,
Cem vidas, num só dia...
 
Esse menino passa, supera e vence
Vê e vive o que não merece,
Dribla o dia como um aprendiz,
Sofre, não esmorece, além de saber sorrir...
 
E correm os homens sem vistas,
Cansados, sem os pequenos sonhos,
Daquele menino sem manto,
Que dorme ao toque, das noites frias...
 
Os homens cegos,  não param, caminham
Num nada, por tudo.
Não sabem da fome, deslumbram sonhos...
Sussurram, sem  canto, a tristeza...
E não sabem das mais belas melodias...
 
Parecem máquinas humanas, que proliferam...
Medos... Então, parece não tê-los!
Calçados contra os tristes desafios,
Buscam os sonhos com  cem vidas,
No mais precário vazio...


Imagem - Internet - 2008- SP - Brasil - não consegui saber sobre o autor -



AldaizAzevedo
Enviado por AldaizAzevedo em 05/06/2013
Reeditado em 05/06/2013
Código do texto: T4327384
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