RENDIÇÃO
RENDIÇÃO
Mãos ao alto
Rendo-me aos violentos
Que levem de assalto
O suor de meu sustento
Estou cansado da inútil luta
De tanta labuta
Quero agora só a paz
Até o aqui jaz
Quero ser livre de verdade
Sem medo de atrocidade
Poder estar e ficar com os meus
E não precocemente entregar-me a Deus
Não quero celular, carro
Podem tirar o sarro
Mas deixem-me viver
E não, sobreviver
Quero minha cabeça limpa
Sem nuvens cinzas
Podem fazer a limpa
Não quero dos meus as cinzas
Por favor não quero mais ter nada
Levem tudo de nada
Afinal daqui nada vou levar
Apenas minha alma
E a quero absolutamente calma