Poesia
Quem és tu misteriosa mulher?
Que invade-me a alma e domina meu ser.
Entra e sai misteriosa entre a vida e a morte.
Como lírio envolve-me com tal perfume.
Como estrela ilumina-me serenamente.
Tal qual a lua cheia apaixona-me.
Cintilante e primaveril brinda-me com elegância.
Como uma mãe feliz ri e choras solenemente.
Mãe obstinada, pomba branca, clareza singular.
Como um vaticínio rabisca as paginas do coração.
Cheia de enigmas, desnuda nossos segredos.
E sorridente; lasciva, e envolvente, constela-me.
Mas, quem és tu mulher? Que queres tu de mim?
Diz-me teu nome, de onde vens?
Porque tão bela sofres sem amor?
Tão amante, tão amável, choras abandonada ao leu.
Eu sou a jura de amor, de amor eterno e sincero.
Sou uma pequena princesa, uma pedra preciosa.
Sou nada, tudo, ninguém, alguém; em muito estou presente.
Sou gente; Joana, Antônia, mulher, Maria Poesia.