DECANO I

Sempre foste extra-terrestre!

Foste matemático, hoje mestre,

pois fugiste da estátua sedestre

defendendo a tese em semestres!

Ensinaste aluno acéfalo sem face,

que ficava com inépcia na classe,

deixando o professor no impasse,

num beco sem saída, sem repasse!

Foste meu mentor, GPS e norte!

Foste meu orientador e suporte!

Me fizeste pensador crítico e forte,

cuja orientação é meu passaporte!

Eu existo, rápido eu penso, logo

desisto de giz e lousa e me afogo

no mar de uvas de um enólogo,

na solidão de monólogo! Rogo!

Apago a lousa! Abandono o giz!

Ficou cicatriz! Estou até feliz!

Me aposento! Sax, instrumento!

Tomo assento! Jazz, meu momento!

Foz do Iguaçu, 28/09/2011

Nelson M Teixeira ou Nelmite
Enviado por Nelson M Teixeira ou Nelmite em 04/06/2013
Reeditado em 28/08/2013
Código do texto: T4324287
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