O lado nobre

O nobre do sistema é um lado que assusta

Porque se ratifica como ideal

Porque há o lado podre para se execrar

Porque viabiliza quase tudo que há

É alternativa honrosa do conservador

A parte grandiosa do status quo

Permeia ao não visível das opiniões

Centrada alternativa e sem contestações

Assusta pelo caráter intrínseco e justo

Supremo pensamento, último recurso

Universalizando a supra resultante

Como única vertente estática e confiante

Esse lado só perde como alternativa

Daquele cujas regras não estão inseridas

Por não ser excludente nem impor seus pontos

E ir das semelhanças aos contrapontos

O podre ameaça pelas abrangências

Ao nobre que precisa sempre da anuência

Dos tantos itens, regras, pontos, itens, marcos...

Enquanto o caos do outro invade os seus espaços

O nobre tem força do oficial

Do justo, do correto, a palavra final

Após embates máximos, épicos ou imperceptíveis

De zilhões de critérios em frações intangíveis

O nobre uniformiza os jeitos de viver

Porque procura e acha o que houver pra haver

Polícia que trabalha qual plasma do sol

Queima a matéria escura que existe ao redor

Podres, pobres e humanos donos dos conceitos

De esforço sobre-humano para serem perfeitos

Opção dicotomia em pauta sem ter outra

Se há não há isonomia por ser solta