Eu sou negro
Eu sou negro
Repito tanto aos quatro ventos
Que o sou como respiro e ando
Que não tenho porque me esconder do meu povo
Povo que como eu sofre o mármore do preconceito
Sou negro
Negro que bebe do leite fértil da mãe África
Que é com o folclore e a cultura ensino
Sou negro e negro sou e este é meu maior tino
Orgulhosamente estou e sou desta terra linda
Que mesmo pelas correntes segue a sina
De rir e de viver: para florir sempre que força tenha
Sou negro
Sou negro e não quero ser confundido
A minha negritude não é só cor, é identidade
É verdade e sangue que pulsa em minhas veias
Sou negro
E venço correntes e cadeias para gritar e emancipar a meu povo
Sou negro e não irei recuar, sou altivo e forro
Por minhas palavras, por minha vida, pela minha terra