Diamante cinzento
Morada inebriante.
Ela finge, insiste, consiste.
Em rubis e tropeços.
Cores e medos.
Sons em cornetas...
Desequilibrando, desaquarelando.
Comunicando e anunciando.
A noite e o frio da alma quente.
Da cidade doente.
Feridas!!!Uma constante.
Multidão, interrogação, solidão.
Um diamante enlouquecido.
Viajante do cosmo.
Ilha urbana.
Chave e prisão de portas.
Que nunca se abrem.
Viajar, viajar...
Viajante.
Viagem!!!
O todo em minúsculas partes.
Assim canta o universo.
Assim desencanta a cidade.
Do micro ao macro.
Da mais ínfima parte de tudo.
Ao todo em moléculas quebradas.
Números, conjuntos, intervalos.
Equações!!!
Vassouras violentas.
Dilantando o indizível.
Caminhos desconhecidos.
Assim é a cidade...
Tão estranha e tão absurda.
Tão escandalosa e tão calada.
Tão sutil quão delinquente.
Dissimetria vulcânica.
Cala corações e mentes.
Em ninhos de prego.
Que mata e mente.
Ruas, sementes.
Crianças inquietas.
Nao se entende nada.
Humanos confusos.
Cidade do vilipêndio.
Te vejo aqui dentro de mim.
Em espelhos e trânsitos.
Que passam e nunca passam...