CENA COMUM

CENA COMUM

Uma bala que foi lançada

pela mão do assassino,

um ser ignóbil, vil, abjeto,

buscou o caminho certo ou incerto

que, para ele (o bandido), não importava.

Ele a fez se desprender de sua arma,

buscando se defender da polícia

na manhã daquele dia

(ou matava ou morria).

Escolheu a primeira opção.

Fez com que o projétil, desgovernado,

fosse disparado no ar,

independente de quem viesse passar.

Sentindo-se poderoso, apertou o gatilho,

e logo surgiu uma mulher chorando,

debruçada sobre o corpo do filho.

Uma bala foi lançada

pela mão do homem-bicho, assassino,

um ser ignóbil, vil, abjeto,

e encontrou o caminho incerto:

foi alojar-se no corpo do menino.

EDNA LIMA DE MENDONÇA
Enviado por EDNA LIMA DE MENDONÇA em 16/05/2013
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