CENA COMUM
CENA COMUM
Uma bala que foi lançada
pela mão do assassino,
um ser ignóbil, vil, abjeto,
buscou o caminho certo ou incerto
que, para ele (o bandido), não importava.
Ele a fez se desprender de sua arma,
buscando se defender da polícia
na manhã daquele dia
(ou matava ou morria).
Escolheu a primeira opção.
Fez com que o projétil, desgovernado,
fosse disparado no ar,
independente de quem viesse passar.
Sentindo-se poderoso, apertou o gatilho,
e logo surgiu uma mulher chorando,
debruçada sobre o corpo do filho.
Uma bala foi lançada
pela mão do homem-bicho, assassino,
um ser ignóbil, vil, abjeto,
e encontrou o caminho incerto:
foi alojar-se no corpo do menino.