O que tiraste em vida.

Não tem principio e nem meio

No fim, são direitos.

Da cova nos dada,

Cidadania perdida e encontrada.

Nessa parte que nos cabe:

Garantia servil,

De lutar pelo direito.

Direito civil.

Para a sociedade temos a tarefa,

Dever e obrigação

Garantir cidadania e política.

Ampliação, Consolidação.

Trabalhador, não é de bom tamanho

Mas sim de palmo e medida

Pro burguês a conta maior.

Pra ti, o que tiraste em vida.

Pra ti, certeza de luta.

Pra burguês medo e luto.

Pelos teus direitos

Da comida à labuta.

Nessa cidadania,

de cova larga

Para muitos direitos estreitos.

Lutas diárias são necessárias.

Para ver ainda nesse mundo

Com lutas e fardo

Em algum momento

Sentir-se largo.

Longe de covas largas e fundas

O direito de não calarem nossa boca,

Com mentiras imundas.

Burguês joga terra em nossa boca.

Calando direitos.

E nos, lutando por eles.

Pois terra dada sim:

Se abre a boca.

Ralúsia Nunes

[09/05/2013]

Poesia inspirada na musica de Chico Buarque "Funeral de um Lavrador" juntamente com o 3º principio do Codigo de Ética do Serviço Social, que diz:

"Ampliação e consolidação da cidadania, considerada tarefa primordial de toda sociedade, com vistas à garantia dos direitos civis sociais e políticos das classes trabalhadoras."

Ralú Nunes
Enviado por Ralú Nunes em 10/05/2013
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