Gentil

Gentil era seu sobrenome

Nobre, amável se traduzia

Que ironia do ser

Era negro, banguela, sujo

Mendigo, pedinte

Ria das suas desgraças

Era a escória da sociedade

Por que tanta maldade?

Você Gentil, foi o bode expiatório

Desse sistema, que aliena, condena

O homem, e ordena

Ao outro explorar, dominar, controlar

Em coisa se transformar

Gentil não questionou, não protestou

Se entregou

E o outro na ira contida

O matou

O apedrejou

Apenas desabafou

O sistema que desumaniza

Que inferioriza

E invalida

A humanidade do Ser.

joaninhacres
Enviado por joaninhacres em 03/05/2013
Código do texto: T4272731
Classificação de conteúdo: seguro