SILÊNCIO
Escrevo o real,
as pessoas,
os sentimentos.
Carrego em mim o permitido.
Não distingo o criador.
Comove-me o sonho,
Imaginário fruto do desejo.
Atrevida poesia que brota de mim,
Revelando o sentido da vida.
Homens e mulheres caminham mudos.
Desventura de mortes prematuras
revelam o mistério do aborto social.
Perdi um filho, perdi catorze.
Quantos mais perderei,
no burburinho da cidade?