SILÊNCIO

Escrevo o real,

as pessoas,

os sentimentos.

Carrego em mim o permitido.

Não distingo o criador.

Comove-me o sonho,

Imaginário fruto do desejo.

Atrevida poesia que brota de mim,

Revelando o sentido da vida.

Homens e mulheres caminham mudos.

Desventura de mortes prematuras

revelam o mistério do aborto social.

Perdi um filho, perdi catorze.

Quantos mais perderei,

no burburinho da cidade?

Fátima Souza
Enviado por Fátima Souza em 28/04/2013
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