Efêmero

Sons, imagens, carros e sapatos,

Sentimento puro de atração.

Sociedade de consumo,

Louca lógica sem razão.

Sob a batuta do efêmero,

O novo vem para seduzir.

E consumidos pelo agora,

Sem demora, sem sentir.

Desejos vem e se renovam,

Num sonho louco e passageiro.

Nossos sentidos nos enganam,

Sou teu carrasco e prisioneiro.

Apenas fruto do consumo,

Amigo, amante do banal.

Buscamos sempre o inusitado,

Somos indústria cultural.

Será que estou alienado?

Não me importo, e sou feliz,

Pois esse império me absorve,

Do jeito que eu sempre quis.

Leomir Santana
Enviado por Leomir Santana em 26/04/2013
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