Efêmero
Sons, imagens, carros e sapatos,
Sentimento puro de atração.
Sociedade de consumo,
Louca lógica sem razão.
Sob a batuta do efêmero,
O novo vem para seduzir.
E consumidos pelo agora,
Sem demora, sem sentir.
Desejos vem e se renovam,
Num sonho louco e passageiro.
Nossos sentidos nos enganam,
Sou teu carrasco e prisioneiro.
Apenas fruto do consumo,
Amigo, amante do banal.
Buscamos sempre o inusitado,
Somos indústria cultural.
Será que estou alienado?
Não me importo, e sou feliz,
Pois esse império me absorve,
Do jeito que eu sempre quis.