O VAZIO EXISTENCIAL

Afogado na vaidade,

Aquietasse a inveja.

Gesticula superioridade,

Com vestes de seriedade.

Fascinação que lhe é dada,

Na moral idolatrada.

Autoestima em queda,

Tão distante dum poeta.

Um transe de amargura,

Traz na fartura, extrema angustia,

Um vazio até então desconhecido,

Lança-se fora o ouro esquecido.

O ouro não está no mercado.

Não pode ser comprado.

Ele é esculpido, lapidado.

O interior diz ser,

O pensamento programa ter.

No ritual da tortura,

Novamente aplaude a ferida.

O suicídio nunca deu a cura.

Não possui o entender.

O vazio é o que deseja querer?

Ter ou ser?

Ter ou ser?

Ramon Catarse
Enviado por Ramon Catarse em 25/04/2013
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