O VAZIO EXISTENCIAL
Afogado na vaidade,
Aquietasse a inveja.
Gesticula superioridade,
Com vestes de seriedade.
Fascinação que lhe é dada,
Na moral idolatrada.
Autoestima em queda,
Tão distante dum poeta.
Um transe de amargura,
Traz na fartura, extrema angustia,
Um vazio até então desconhecido,
Lança-se fora o ouro esquecido.
O ouro não está no mercado.
Não pode ser comprado.
Ele é esculpido, lapidado.
O interior diz ser,
O pensamento programa ter.
No ritual da tortura,
Novamente aplaude a ferida.
O suicídio nunca deu a cura.
Não possui o entender.
O vazio é o que deseja querer?
Ter ou ser?
Ter ou ser?