Flagelo
Manuel vive à margem da vida
Esquecido pela sorte
E pelos seus irmãos
Parece que até por Deus
A ele, parece que viver
É sinônimo de se dar mal
É um sem eira nem beira total
Não tem onde morar
Não tem o que vestir
Não tem o que comer
Passa frio, fome, sede, medo...
Carência geral
Tudo o que ele tem é o que sobra
Não tem lenço
Não tem documentos
E nem manual
Pobre do pobre Manuel
Será que ao morrer vai para o céu?
Pois no inferno já vive aqui
Perdido, abandonado, ao léu
= Roberto Coradini {bp} =
19//04//2013