CARTA ABERTA DE UM JOVEM DROGADO.-
Este sol já não me alegra,
o frio na alma se apega!
A poesia que encantava,
viciada está na madrugada.
O que faço é um desatino,
piso sem dó no meu destino!
Vagabundo ando à toa nas ruas,
caminhando no mundo das luas!
A mulher que mais amei,
nos copos, nas drogas, afoguei!
Sem rumo eu vou seguindo,
drogas, bebidas, consumindo.
A família que me amava,
deixaram-me nas mãos de Deus,
a conduta indigna, apavorava,
punha em risco os outros seus!
Fui: explorado, preso e torturado,
meus sonhos, foram roubados,
pago um preço bem caro e alto,
por este meu inconsequente ato.
Ando fraco, magro e combalido,
imoral, despudorado e perdido!
Meu cheiro fétido, não suporto,
desgraça invade, não me importo!
Cheguei: lá no fundo do poço,
não janto e nem tenho almoço!
cama dura: sarjeta e o frio chão,
perdi as esperanças de salvação!
Aos jovens: está carta aberta,
que deve servir como um alerta,
não tenham vergonha em dizer NÃO:
ao vício, as drogas e a destruição.-