Poema ao educador Paulo Freire.
Paulo Freire grande mestre
Voz perfeita na docência
A nova pedagogia
Abalou a inteligência
Da nefasta autoridade
Que detesta liberdade
Neste Brasil sem decência
Paulo como pedagogo
Mostrou com sinceridade
A nova pedagogia
Pra nossa sociedade
Lutou com grande consterno
Conhecendo que o governo
Não lhe dava liberdade
Paulo Freire sempre quis
Um futuro generoso
Transformando a educação
Num trabalho proveitoso
O sonho do pensador
Virou tremendo pavor
Nesse Brasil mentiroso
Paulo Freire padeceu
O mais pavoroso acinte
A nova pedagogia
Não tem substituinte
Um cidadão puritano
O maior pernambucano
Do nosso século vinte
A ditadura nefasta
Perseguiu sem precisão
Ao famoso pedagogo
Levando o mesmo a prisão
Demolindo a liberdade
Da maior autoridade
No campo da educação
No regime militar
Tinha bastante censura
O professor Paulo Freire
Sofreu tremenda tortura
Nesse meu país chibante
Que sempre viveu distante
Da verdadeira cultura
Paulo Freire degredado
Deste Brasil sem pudor
Porém a pedagogia
Perdeu grande defensor
O seu filho Lutgardes
Descreveu cenas covardes
Que sofreu seu genitor
O menino Paulo Freire
Nascera em Jaboatão
Provém de família pobre
Esse grande cidadão
Primeiro advocacia
Depois a pedagogia
Sua maior vocação
Com Elza da Costa freire
Casou-se nosso mentor
Vem depois Ana Araújo
Com seu segundo amor
Pedagogo genuíno
Um talento nordestino
Visto como opositor
A ditadura perversa
Hoje ninguém mais celebra
Na fama de Paulo Freire
Tentará dar uma quebra
Nosso mestre requintado
Esteve sempre exilado
Lá no Chile e na Genebra.
Poema de autoria do poeta e ex-repentista russano Antonio Agostinho, hoje homem dedicado às letras.